terça-feira, 16 de junho de 2009

Principes Encantados




Ainda Há Príncipes Encantados





Não é preciso comprar todos os filmes da Disney
nem esperar pelo do Dia dos Namorados
para arranjar um, porque o Príncipe
pode estar em qualquer lado. E está mesmo.
É uma questão de fé.
É claro que não aparece sob um golpe de magia;
nenhuma varinha de condão o consegue materializar;
ele vai-se fabricando aos nossos olhos,
construindo dia após dia a imagem
da pessoa que sonhamos ver ao nosso lado.
A pessoa certa não é a mais brilhante e eloquente,
a que nos escreve as mais belas cartas de amor,
a que nos jura a paixão mais avassaladora
ou nos diz que nunca se sentiu assim.
Nem a que vem viver connosco ao fim de três semanas
e planeja viagens idílicas a ilhas secretas
perdidas no Pacífico.
A pessoa certa é aquela para quem
também somos a pessoa certa.
Tão simples quanto isto.
Às vezes demasiado simples
para as pessoas perceberem.
O que transforma um homem vulgar
no nosso príncipe é ele querer ser
o homem da nossa vida.
E há alguns que ainda querem.
Podem parecer menos empenhados
ou sinceros do que os antecessores,
mas aquilo a que chamamos hesitação
ou timidez talvez seja apenas
uma forma de precaução para ter a certeza
que não se vão enganar.
Podem ser românticos ou pragmáticos,
podem oferecer rosas, Cd ou chocolates,
mas têm sempre um gesto,
uma atenção e nunca se atrasam,
porque sabem sempre como mostrar o seu amor.
Citando Shakespeare:
«They do not love that do not show their love».
E o amor foi feito para ser mostrado,
dentro e fora da cama.
O Príncipe Encantado é o homem
que nos tapa os ombros com o lençol
a meio da noite quando temos frio
e se levanta às três da manhã
para nos fazer um chá de limão
quando ficamos doentes.
É aquela pessoa que tem sempre tempo
para os nossos problemas.
Não é o que diz ‘amo-te’ vinte vezes por dia,
mas o que sente que nos quer amar
nos próximos 20 anos.
É alguém que olha todos os dias para nós,
mas que também olha por nós todos os dias.
Que tem paciência para os meus, os teus,
os nossos filhos e que ainda arranja um lugar na mesa
para os filhos dos outros.
Ele até pode só saber cozinhar o básico,
mas faz os melhores ovos mexidos do mundo
e vai à padaria num feriado.
É um Príncipe porque governa um reino,
porque sabe dar e partilhar,
porque ajuda, apoia e nos faz sentir
que somos mesmo importantes.
Depois de engolir alguns sapos,
há que aprender a lição e perceber que
o Príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente.

É só preciso deixá-lo ficar um dia atrás do outro...
e se for mesmo ele, fica.
De pedra e cal, para a vida,
dê por onde der, aconteça o que acontecer



Margarida Rebelo Pinto

3 comentários:

Anónimo disse...

Não procurei um príncipe encantado sem defeitos, não quero o homem que toda a mulher quer ter ( como tu), tenho o homem que eu quero ter, o homem que me faz querer partilhar a minha vida sem medos e sem hesitações. Não estou com ele porque me elogia, porque aos olhos alheios parece perfeito, porque preenche os requisitos de príncipe encantado para quem ainda acredita que isso existe e não está disposta a aceitar os seus defeitos e os de quem está a seu lado. Estou com ele porque tenho noção das qualidades mas também dos defeitos, e aceito-o assim, e ele está comigo porque sabe disso e porque pelos vistos isso lhe agrada, se quisesse quem o acha perfeito por ai não faltavam hipóteses. Sendo assim, porque será que estes “príncipes encantados” estão sempre com “gatas borralheiras”?

JPF disse...

por vezes os principes só o são por uns tempos, e depois revelam a sua verdadeira personalidade... homem que é homem sabe tratar uma mulher, nao fica à espera que ela pague contas e lhe passe as camisas... (sim sei bem do que falo) esses "principes" nao passam de pessoas sem sentimentos que nao merecem o amor e o carinho de quem o rodeia... só tem olhos pra uma pessoa da sua vida que é nada mais do que um "capuchinho vermelho"...
e por aqui fico, apenas para deixar bem claro que nao existem principes encantados, se nao tiverem uma mulher ao seu lado e que a saibam tratar como uma princesa ;)

Mokas disse...

kerida Anónima....
Desde já agradeço o coment
Mas tenho pena que não saiba fazer interpretação deste texto fantástico da Margarida R. Pinto
Pois comentou de forma critica apesar de escrever exactamente o k a Margarida diz….
pelos vistos tb tem a seu lado o SEU Principe encantado…ou não estaria do lado dele…Amor é partilha….

É um Príncipe porque governa um reino,
porque sabe dar e partilhar,
porque ajuda, apoia e nos faz sentir
que somos mesmo importantes. (para ele)

Kanto as GATAS BORRALHEIRAS …
Pois é os PRINCIPES NAO AS LARGAM
Pois são o k de mais puro existe…
não ligam para o STATUS , nem necessitam usar MASCARAS ao contrario das pricesas de fachada...
Sabem bem o k é importante num relacionamento…
e entregam-se por completo sem receios de saírem magoadas
pois só sabem AMAR por inteiro….
No MEU mundo das Gatas não sabemos o k é o Amor FRACCIONADO!!!!

A porta deste mundo esta sempre aberta para as Mulheres Inteiras

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