quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não te iludas....


Não te iludas com os meus olhos firmes e profundos,
eles ainda sabem sonhar e vaguear sem rumo por aí.
Não te iludas com os meus muros intransponíveis,
eles desmancham-se no ar, ao mais leve e subtil dos toques.
Não te iludas com tamanha determinação,
ela pode- se afogar no poço mais raso da minha insegurança.

 
Não te iludas com o sorriso estampado no rosto,
ele pode esconder o sabor amargo de mais um adeus.
Não te iludas com a imagem de heroína invencível, ela é frágil, sonhadora,
e carrega lembranças pelos cantos a suspirar!
São olhos, ruínas, fraquezas e lágrimas...
Verdades tão comuns de uma mulher, com tempos de menina...
Sobrevivente de antigas desilusões e aberta a novas emoções.
Não te iludas...
Ainda sou essa simples criatura que sabe e precisa de amar,
mas que de tempos em tempos se permite chorar...