quarta-feira, 31 de março de 2010

terça-feira, 30 de março de 2010

Ser Mulher...

Ser mulher
é mil vezes viver
em apenas uma vida,
é lutar por causas perdidas
e sempre sair vencedora,
é estar antes do ontem
e depois do amanhã,
é desconhecer
a palavra recompensa
apesar dos seus atos.
Ser mulher
é caminhar na dúvida
cheia de certezas,
é correr atrás das nuvens
num dia de sol
e alcançar o sol
num dia de chuva.
Ser mulher
é chorar de alegria
e muitas vezes
sorrir com tristeza,
é cancelar sonhos
em prol de terceiros,
é acreditar quando
ninguém mais acredita,
é esperar quando
ninguém mais espera.
Ser mulher
é identificar um sorriso triste
e uma lágrima falsa,
é ser enganada
e sempre dar mais uma chance,
é cair no fundo do poço
e emergir sem ajuda.
Ser mulher
é estar em mil lugares
de uma só vez,
é fazer mil papéis
ao mesmo tempo,
é ser forte
e fingir que é frágil
pra ter um carinho.
Ser mulher
é se perder em palavras
e depois perceber
que se encontrou nelas,
é distribuir emoções
que nem sempre são captadas.
Ser mulher
é comprar,
emprestar,
alugar,
vender sentimentos,
mas jamais dever,
é construir castelos na areia,
vê-los desmoronados pelas águas
e ainda assim amá-las.
Ser mulher
é saber dar o perdão,
é tentar recuperar o irrecuperável,
é entender o que ninguém
mais conseguiu desvendar.
Ser mulher
é estender a mão
a quem ainda não pediu,
é doar
o que ainda não foi solicitado.
Ser mulher
é não ter vergonha
de chorar por amor,
é saber a hora certa do fim,
é esperar sempre
por um recomeço.
Ser mulher
é ter a arrogância de viver
apesar dos dissabores,
das desilusões,
das traições
e das decepções.
Ser mulher
é ser mãe dos seus filhos
e dos filhos de outros
e amá-los igualmente.
Ser mulher
é ter confiança no amanhã
e aceitação pelo ontem,
é desbravar caminhos difíceis
em instantes inoportunos
e fincar a bandeira da conquista.
Ser mulher
é entender as fases da lua
por ter suas próprias fases.
Ser "nova"
quando o coração
está à espera do amor,
ser "crescente"
quando o coração
está se enchendo de amor,
ser "cheia"
quando ele já está
transbordando de tanto amor
e "minguante"
quando esse amor vai embora.
Ser mulher
é hospedar dentro de si
o sentimento do perdão,
é voltar no tempo todos os dias
e viver por poucos instantes
coisas que nunca ficaram esquecidas.
Ser mulher
é cicatrizar feridas de outros
e inúmeras vezes deixar
as suas próprias feridas sangrando.
Ser mulher
é ser princesa aos 20,
rainha aos 30,
imperatriz aos 40
e especial a vida toda.
Ser mulher
é conseguir encontrar
uma flor no deserto,
água na seca
e labaredas no mar.
Ser mulher
é chorar calada
as dores do mundo
e em apenas um segundo
já estar sorrindo.
Ser mulher
é subir degraus
e se os tiver que descer
não precisar de ajuda,
é tropeçar,
cair
e voltar a andar.
Ser mulher
é saber ser super-homem
quando o sol nasce
e virar cinderela
quando a noite chega.
Ser mulher
é ter sido escolhida por Deus
para colocar no mundo
os homens.
Ser mulher
é acima de tudo
um estado de espírito,
é uma dádiva,
é ter dentro de si
um tesouro escondido
e ainda assim dividi-lo
com o mundo...

quinta-feira, 25 de março de 2010

sabes o que custa......


Sabes o que custa calar o que não se consegue calar
conter o incontível.
Estranho mundo este onde os olhos rolam pelo chão
e os amores não ateiam fogos imensos
A loucura apodrece e cheira mal
Porra!
que os sonhos aconteçam
que a fúria fresca das manhãs tenha lugar
Sol deus maior que os corações expludam
que braços se encontrem que
a vida seja vida e não apenas morte

2ª Oportunidade


Alô?
Alô. Luciano?
Sim. Quem é?
Não conhece mais a minha voz?
Não estou conseguindo identificar. Quem está falando?
Nossa, como foi fácil pra você me esquecer... Acho que não tivemos muito significado...
Nathasha?!
Oi...
Que surpresa você me ligar! Pra quem disse que queria me esquecer para sempre ...
Vai ofender? Eu desligo!
Fique à vontade, querida. Quem ligou foi você mesmo...
Não, espere, não vou desligar. Desculpe. É que estou aborrecida, só isso.
Tá. E o que você quer?
Nada. Eu só queria ouvir sua voz.
Só? Então já ouviu. Mais alguma coisa?
Espere, pare de ser grosso. Não, desculpe, não desligue. É que eu estou me sentindo muito sozinha.
Foi você quem quis assim, querida. Sorva do seu próprio veneno.
Realmente você não muda. Só sabe acusar...
Bom, vou desligar. Tchau...
NÃO, PELO AMOR DE DEUS, não desligue, espere, preciso te dizer algo...
Fala logo, Natasha, tenho que trabalhar.
Eu estava errada. Me perdoe.
ERRADA? Você estava errada? Tem certeza disso? Será que não é um pouco tarde pra dizer isso?
Mas agora eu reconheço...Por favor, amor, me perdoe!
Agora? Depois que você acabou comigo, querida? Até hoje eu pago o mico do papelão que você me fez passar... Convites distribuídos, acampamento alugado, comida encomendada, viagem paga, meu casamento com você, tudo perdido... (Luciano suspira). Sofri, sofri mesmo. Queria matar você! Droga, por que eu tive que amar você? Mas tudo bem. Já faz dois anos... Ah, meu Deus, dois anos...
Luciano, pelo amor de Deus, me perdoe!
Pra que você quer o meu perdão? Você nem ligou pra dizer que já estava com outro cara. Pra que perdão? Vai viajar com ele, vai viver com ele, meu bem... Só me deixe em paz, por favor (Luciano chora baixinho).
Sem se dar conta, Luciano percebe uma pessoa na porta do escritório. Era ela. Natasha estava olhando pra ele. Ela falava do celular. Luciano fica perplexo, alegre e triste - ela está linda, belíssima, muito elegante. Mas seu rosto está abatido, cansado, doente. Na mão tinha uma sacola. Aproximou-se da mesa de Luciano, e, com olhos lacrimejantes, desligou o celular, olhou para ele e disse:
Oi, amor.
Oi, Natasha. Pare de me chamar de amor. Você tá um caco, filha!
Olhos baixos, Natasha começa a tirar da sacola algumas coisas: uma caixa do correio com um CD do Demmis Roussos, que Luciano havia enviado de presente no aniversário, uma boneca de porcelana numa casinha de papel, um celular pré-pago, alguns livros devocionais, uma bíblia de Genebra e um pacote de fotografias. Luciano a observava, perplexo, triste, e via as lágrimas de Natasha molharem a fórmica da sua escrivaninha.
Cada objeto tirado era uma facada no coração sofrido de Luciano. Algumas coisas lhe custaram caro, ele fizera grande esforço para pagá-las. Mas, pensava ele, se era pra ela, valeria à pena o esforço. Quando tudo terminara, ele se arrependera de tanto gasto desperdiçado...
Pensei que você havia jogado as coisas que lhe dei, Natasha...
Eu nunca me esqueci de você, Luciano. Eu errei. Errei muito, me perdoe...
Luciano, jovem advogado, lutador com as interpéries da vida, sabia que Natasha poderia estar mentindo, como tantas outras vezes, quando namoravam e mesmo quando eram noivos. Mas havia um quê de diferente no olhar vermelho de Natasha.
Por que você veio hoje aqui, Natasha? Deu a louca? O que te traz aqui?
Natasha suspirou, chorou, recompôs-se e disse:
Estou com câncer, Luciano...
CÂNCER? Luciano petrificou-se.
Sim, amor, eu vim me despedir. Saí do hospital à força, pra falar com você e pra morrer em casa...
Luciano não esperava por essa. Veio-lhe à memória uma de suas discussões, onde Natasha, na hora do nervoso, dissera: "E daí, Luciano? Que se dane a igreja, que se dane o pastor, que se dane você, e se Deus achar que estou errada, que me castigue..." Nossa, era como se a cena passasse de novo na mente de Luciano.
Como foi, Natasha?
Depois que eu deixei você, amor, fui caindo no abismo, afastei-me do Senhor, fui morar com o André, abandonei a Cristo. Eu estava cega. Mas Deus me amava, Luciano. Se eu não fosse dEle, estaria numa boa agora, bem com o André, bem comigo e pronta pra ir pro Inferno. Mas, por amor, Deus veio corrigir-me. Ele repreende e castiga a quem ama. Ele me ama, Luciano! Estou doente. Mas estou bem, porque estou podendo vir até você pra pedir perdão! Nunca fui feliz, nunca tive paz, saí de casa com 3 meses de vida a dois. O André me batia, me traía, eu fugi.
E ele não foi buscar você de volta?!
O André foi assassinado, Luciano. Tráfico de drogas.
Luciano estava perplexo.
Luciano, estou voltando pro Senhor, estou me preparando pra partir. Mas tenho que receber o seu perdão, amor! Sei que nunca irei compensar o que lhe fiz, mas... por favor... ME PERDOA, AMOR!
Luciano olhou para aquele resto de mulher - outrora tão orgulhosa, ostentando tanta beleza e auto-suficiência, confiando tanto em seu corpo e em sua fulgurante beleza, e agora, bonita ainda, mas notadamente pálida, enferma, cheia de hematomas nos braços, pescoço e pernas, e triste, profundamente triste, a implorar-lhe perdão para morrer em paz!
Cena patética! Ali estava quem Luciano mais amara na vida, quem mais o fizera sofrer, a depender de uma palavra apenas, para morrer em paz!
"Hora da vingança", veio-lhe à mente. Claro, agora seria a hora da revanche! Mas Luciano era um moço crente, de bom coração, e seria incapaz de reter a bênção para aquela a quem tanto amara e que, infelizmente, ainda tanto amava e tanto o fazia sofrer...
Quer que eu perdoe você, Natasha?
SIM, PELO AMOR DE DEUS, Luciano! Nunca mais tomei a Ceia do Senhor, nunca mais louvei ao Senhor com alegria, nunca mais fui membro de igreja, não agüento mais! Aceito as conseqüências, mas, por favor, diga que me perdoa!
Enxugando as lágrimas, refazendo-se, Luciano olhou-a no fundo dos olhos, tomou as suas duas mãos, que estavam frias como as de um defunto, e lhe disse, num terno sorriso misericordioso:
Querida: desde que você foi embora eu já havia lhe perdoado. Mas, se você quer escutar e sentir paz, ouça-me: EU PERDÔO VOCÊ POR TUDO QUE ME FEZ. VOCÊ ESTÁ LIVRE EM NOME DE JESUS!
Natasha tremeu. Gritou "aleluia", sorriu, chorou, e caiu desmaiada.
Logo o assistente de Luciano veio ajudá-lo, e, colocando-a no carro, levaram-na para o hospital. Luciano tinha o telefone de toda a família ainda, ligou e avisou. Em uma hora todos estavam ali na recepção, tristes, aflitos, alguns desesperados. Chegou o pastor. A família implorou-lhe que fosse até a UTI orar com ela. O pastor, que conhecia o Luciano, olhou bem pra ele, pensou, fechou os olhos em oração, e, a seguir, falou:
Quem tem que entrar é o Luciano. Vá lá, Luciano. Eu conheço o diretor da UTI, pedirei autorização.
EU, PASTOR?
Sim, filho. Ela é o seu amor.
FOI, PASTOR..
Não, filho. Deus o uniu a ela novamente, ainda que seja na despedida.
Luciano não sabia o que fazer. A família, desconsolada, chorava, mas a mãe, certa do que tinha que ser feito, empurrou o Luciano até a porta, dizendo: "Vai, filho, corre, antes que seja tarde!"
Ah, aquele corredor que dava para a UTI parecia não ter fim! Cada passo dado era uma lembrança: o primeiro beijo, a primeira maçã-do-amor, o primeiro jantar, o primeiro por-do-sol juntos; o dia em que viajaram num encontro missionário, o dia em que foram juntos à praia e que ele deu de presente a primeira rosa! O jantar de noivado, os telefonemas, tudo. Não sobraram recordações da tragédia, da traição, do desprezo. Na verdade quem ama guarda as más experiências numa sacola furada. E Luciano fez assim.
Vestido com o jaleco, a máscara e o sapato de pano, Luciano entrou. Vários boxes onde pessoas definhavam. Lá estava Natasha, no número 6. Estava no respirador artificial, cuja sanfona funciona como um pulmão e faz um barulho horripilante. Estava linda, mas totalmente ligada a aparelhos, notadamente cansada, em coma, morrendo. Luciano sentiu sua dor. Chorou. Tremeu. Segurou forte a mão de sua amada. Pensou em Cristo, que dera a vida pela noiva, pensou em Oséias, que aceitou a esposa adúltera novamente, pensou em Deus, que tantas e tantas vezes tratou a Jerusalém com compaixão. Quem era ele para não perdoar? Quem era ele para não acolher?
Então orou.
"Senhor, o que posso dizer? Minha garota está morrendo! Ex-garota, claro. Mas mesmo assim está doendo, Pai! E eu sou impotente diante de tudo isso! Essas máquinas, esse cheiro de éter e de carnes inflamadas, esse barulho infernal, meu Pai, o que posso dizer? Que deixe a minha garota morrer em paz? Sim, Senhor, leve-a para a tua glória! Eu a amo! Mas sei que tu a amas mais do que eu! Abençoa a Natasha. Em nome de Jes...
Subitamente Luciano pensou em completar a oração com o seguinte pedido:
"Mas, Senhor, se ainda houver um espaço para ela viver para ti, recuperar parte do tempo perdido, se na tua infinita misericórdia não for demais, por favor, Senhor, cura a tua serva. Ela já sofreu bastante, ela aprendeu, Senhor. Até eu, que fui o mais ofendido, já a perdoei! Por favor, Senhor, se der, devolve-lhe a vida! Mesmo que não seja pra viver comigo. E agora sim, em nome de Jesus. Amém".
Por favor, me avisem - disse Luciano aos familiares - , me avisem quando tudo terminar. Quero estar presente.
E foi embora. Tirou a tarde para viajar, seu hobby preferido: foi pra uma cidadezinha próxima, ver o por-do-sol.
PARTE FINAL
No caminho, ao longo da rodovia, seus pensamentos corriam mais que o vento: por que tudo isso estaria acontecendo? As coisas não poderiam ter sido mais fáceis? E agora? Ele, no carro, ela no hospital, a lembrança daquelas máquinas monstruosas de prolongar a vida não lhe saíam da memória... As lágrimas corriam, misturadas à poeira do vento seco do caminho.
Revoltado com tudo isso, parou o carro no acostamento. Encontrou uma estradinha de terra. Devagar, como a seguir um féretro, entrou pela rota dos sitiantes. Subiu devagar a montanha, encontrou um mirante. Parou, abriu a porta, e, num grito de dor e lamento, chorou. Ah, como chorou! Seu pranto escorria pela porta do carro. Os pássaros, assustados, aquietaram-se nas árvores, contemplando aquele misto de dor e revolta. Parecia que todo o mundo fazia silêncio em respeito a tanta dor.
Deus, por que? Por que? Por que? Por que tive que amá-la? Por que tive que vê-la? E agora, Senhor, o que fazer? E se tu a levares? O que será de mim? Eu já estava quase esquecendo, Senhor! Agora tudo volta a doer! Senhor, Senhor...
Cansado de tanto chorar, entrou no carro e deitou-se, estendendo o banco para o fundo. Travou a porta, colocou uma fita de música clássica e desfaleceu. Ali estava um moço de valor, que amava e que lutava entre sua vontade e a vontade de Deus.
Sonhou durante o sono, no delírio da febre. Sonhou estar na igreja. Viu o pastor a pregar, e, ao seu lado estava Natasha, bonita e sorridente. Lá do púlpito o pastor dizia: "Aquele que amar mais à sua mulher, mais do que a mim, não é digno de mim - palavras de Jesus!" E, aos poucos, o sorriso de Natasha foi sendo coberto por uma neblina e desaparecia. Assim acordou.
Assustado e cônscio de que Deus falara com ele, pôs-se a orar, dizendo:
Senhor, sei que é difícil, mas tenho que fazer isso. Confesso que estou revoltado, ó, Pai. Quero fazer a minha vontade, não a tua. Eu não estou conseguindo aceitar a tua vontade, caso seja a de levá-la embora! Sei que estou errado, Senhor, e sei que é isso que quisestes me falar. Senhor, sou teu servo e quero te obedecer. Se irás tirar a Natasha mais uma vez, tira-a, apesar de mim. Por mais que isso doa, Senhor, prefiro assim: não quero perder-te Senhor. Só me ajude e console o meu coração... Tu sabes o que será melhor para ela, e também melhor para mim. Em nome de Jesus, amém.
Voltou a dormir.
Toca o celular.
Alô?
Luciano?
Sim, sou eu.
Aqui é o pastor, filho. Como você está?
Bem mal, pastor. Mas sobrevivendo...
Eu orei por você, garoto. Pedi a Deus para lhe fazer suficientemente forte para renunciar, se preciso for. Você quer conversar sobre isso?
Pastor - disse, sorrindo o rapaz, - já o ouvi pregar agorinha mesmo no sonho, já renunciei a Natasha. Está doendo, mas estou em paz. Obrigado.
Ótimo. Então volte pro hospital, Luciano. A Natasha acordou e saiu do estado crítico. Ela quer ver você...
O QUE??? SÉRIO, PASTOR?
Séríssimo. Vem com calma, mas acelera, filho...
Não levou hora e meia e Luciano estava entregando a chave do carro pro manobrista do hospital.
E a Natasha? , perguntou à mãe dela.
Filho, corre, ela está chamando por você! Vai, filho! Deus está agindo! Eu já a vi, mas ela teima que quer ver-lhe!
Agora o corredor do hospital era longo demais para ele. Se pudesse, daria três passos em um, para chegar mais rápido e contemplar o rosto de sua amada. Seu coração estava disparado, pensava no que ouviria e no que diria. O suor lhe escorria pela face e as vistas estavam enfumaçadas. Correu a vestir o jaleco, o sapato de pano, as luvas e a máscara. Box 06. Lá estava ela, e três médicos palestrando. Ao olharem o rapaz, perguntaram:
Você é o Luciano?
Sim, doutor, sou eu. Por que?
Converse um pouco com ela. Ela gritou o seu nome por mais de meia hora e nos deixou quase loucos! Isso é que é amor! Mas seja breve, ainda não entendemos essa súbita melhora. Temos que medicá-la novamente.
Aproximou-se do leito. Os lábios de Natasha estavam sangrados, a boca ferida, canos haviam saído da garganta, o pescoço estava com fios, braços e pernas com soro, sondas, enfim, uma cena dramática, mas não tanto quanto na última vez. Pelo menos o respirador artificial estava desligado, e em silêncio...
Lu..cia..no.. me.u...a..mor....
Fala, querida, eu estou aqui!
Je..sus....veio..a..qui! Eu..vi!
Luciano deixou as lágrimas verterem de seus olhos, lágrimas quentes e profundas.
Você estava sonhando, querida.
Nã..ão, meu ..a..mor, Je..sus veio...me di..zer.. uma..coi..sa!
Um tanto alegre, mas também incrédulo, Luciano pergunta:
E o que Jesus lhe disse, amor?
Dis.se...que.. vo..cê..me ama..va e..que..es.ta...va... (cof! cof!) es..ta..va. orando lá..num sí..tio.. por..mim...e ..lu..tan..do ...para me renun..ciar..
Luciano gelou. Natasha completou:
E..le.. me..dis..se..que..a.ceitou..a.sua..or.a..ção!
Agora ele estava arrepiado. Não só isso, ele estava com as pernas totalmente moles e adormecidas, num misto de medo e perplexidade.
E sobre você, amor, ele disse alguma coisa?
Dis.se..pa..ra....que..eu não ...pe..casse.. de nno..vo... - Natasha adormeceu.
Natasha!!! Natasha!! Não morra!!!
Calma, garoto - disse o médico - ela só adormeceu. Fique tranqüilo, mas saia agora, temos que seguir os procedimentos necessários.
E assim foi.
Natasha saiu do hospital em 20 dias. Sem explicação convincente, os médicos quiseram impetrar a si mesmos um erro de avaliação e diagnóstico,dizendo que pensaram que havia câncer onde nada existia, mas não sabiam explicar as dúzias de exames, de biópsias, de ressonâncias e de quimioterapias feitas. Claro, grande parte da medicina desconhece o poder de Deus, a misericórdia do Altíssimo. E um câncer desaparecido tem que parecer um mero "erro médico". Mas o milagre acontecera de fato...
Outra tarde, fim de expediente no escritório de Luciano, Natasha de pé em frente à escrivaninha de trabalho dele.
Luciano, de agora em diante eu viverei cada dia como um milagre do Senhor, e viverei apenas e tão-somente para a glória Dele.
Que bom, Natasha! Espero que você seja feliz! Orarei sempre por você!
Luciano...
Fale, querida.
Quero pedir só mais uma coisa.
Se eu puder atender...
Eu quero me casar com você e ser a sua mulher, a sua companheira, e servir ao Senhor ao seu lado. Eu te amo! Me perdoe por tudo que fiz!
Era tudo o que o rapaz queria ouvir. Sorridente, abriu a gaveta da escrivaninha e tirou uma linda boneca de porcelana, numa casinha de papelão, idêntica à primeira, presenteada quando começaram a namorar. Levantou-se, entregou-lhe a boneca, abraçou sua amada pela cintura, trazendo-a para junto de seu rosto, e lhe disse, com um brilho jamais visto em seu olhar:
Eu perdôo você e quero recebê-la como minha esposa, meu amor. Eu te amo!
Também te amo, querido!
Não se podia descrever o que era mais bonito e brilhante; se o brilho do sol da tarde, clareando toda a sala pelas vidraças, ou se o brilho do beijo de Natasha e Luciano, ao som da mais linda música que o mundo pode ouvir: o palpitar de dois corações apaixonados. Aliás, apaixonados por Deus primeiramente, e, por causa do Senhor, apaixonados um pelo outro...

Pais e Filhos



O carteiro estendeu o telegrama. Carlos Alberto não agradeceu e enquanto abria o envelope, uma profunda ruga sulcou-lhe a testa. Uma expressão mais de surpresa do que de dor tomou-1he conta do rosto. Palavras breves e incisas:
- Seu pai faleceu. Enterro 18horas. Mamãe;
Carlos Alberto continuou parado, olhando para o vazio.
Nenhuma lágrima lhe veio aos olhos nenhum aperto no coração. Nada!
Era como se houvesse morrido um estranho. Por que nada sentia pela morte do velho?
Com um turbilhão de pensamentos confundido-o, avisou a esposa, tomou o ônibus e se foi, vencendo os silenciosos quilômetros de estrada enquanto a cabeça girava a mil.
No íntimo, não queria ir ao funeral e, se estava indo era apenas para que a mãe não ficasse mais amargurada. Ela sabia que pai e filho não se davam bem.
A coisa havia chegado ao final no dia em que, depois de mais uma chuva de acusações, Carlos Alberto havia feito as malas e partido prometendo nunca mais botar os pés naquela casa.
Um emprego razoável, casamento, telefonemas à mãe pelo Natal, Ano Novo ou Páscoa... Ele havia se desligado da família não pensava no pai e a última coisa na vida que desejava na vida era ser parecido com ele.
O velório: poucas pessoas.
A mãe está lá, pálida, gelada, chorosa. Quando reviu o filho, as lágrimas correram silenciosas, foi um abraço de desesperado silêncio. Depois, ele viu o corpo sereno envolto por um lençol de rosas vermelho - como as que o pai gostava de cultivar.
Carlos Alberto não verteu uma única lágrima, o coração não pedia. Era como estar diante de um desconhecido um estranho, um...
O funeral: o sabiá cantando, o sol se pondo.
Ele ficou em casa com a mãe até a noite, beijou-a e prometeu que voltaria trazendo netos e esposa para conhecê-la. Agora, ele poderia voltar à casa, porque aquele que não o amava, não estava mais lá para dar-lhe conselhos ácidos nem para criticá-lo
Na hora da despedida a mãe colocou-lhe algo pequeno e retangular na mão
- Há mais tempo você poderia ter recebido isto - disse.
- Mas, infelizmente só depois que ele se foi eu encontrei entre os guardados mais importantes...
Foi um gesto mecânico que, minutos depois de começar a viagem, meteu a não no bolso e sentiu o presente. O foco mortiço da luz do bagageiro revelou uma pequena caderneta de capa vermelha. Abriu-a curioso.
Páginas amareladas. Na primeira, no alto, reconheceu a caligrafia firme do pai:
"Nasceu hoje o Carlos Alberto. Quase quatro quilos! O meu primeiro filho, um garotão!".
Estou orgulhoso de ser o pai daquele que será a minha continuação na Terra!".
À medida que folheava, devorando cada anotação, sentia um aperto na boca do estomago, mistura de dor e perplexidade, pois as imagens do passado ressurgiram firmes e atrevidas como se acabassem de acontecer!
"Hoje, meu filho foi para escola. Está um homenzinho! Quando eu vi ele de uniforme, fiquei emocionado e desejei-lhe um futuro cheio de sabedoria. A vida dele será diferente da minha, que não pude estudar por ter sido obrigado a ajudar meu pai.
Mas para meu filho desejo o melhor. Não permitirei que a vida o castigue".
Outra página - "Carlos Alberto me pediu uma bicicleta, meu salário não dá, mas ele merece porque é estudioso e esforçado. Fiz um empréstimo que espero pagar com horas extras".
Carlos Alberto mordeu os lábios. Lembrava-se da sua intolerância, das brigas feitas para ganhar a sonhada bicicleta. Se todos os amigos ricos tinham uma, por que ele também não poderia ter a sua?
E quando, no dia do aniversário, a havia recebido, tinha corrido aos braços da mãe sem sequer olhar para o pai. Ora, o "velho" vivia mal-humorado, queixando-se do cansaço, tinha os olhos sempre vermelhos... e Carlos Alberto detestava aqueles olhos injetados sem jamais haver suspeitado que eram de trabalhar até a meia-noite para pagar a bicicleta... !
"Hoje fui obrigado a levantar a mão contra meu filho! Preferia que ela tivesse sido cortada, mas fui preciso tentar chamá-lo á razão, Carlos Alberto anda em más companhias, tem vergonha da pobreza dos pais e, se não disciplinar amanhã será um marginal."
"É duro para um pai castigar um filho e bem sei que ele poderá me odiar por isso; entretanto, devo educá-lo para seu próprio bem."
"Foi assim que aprendi a ser um homem honrado e esse é o único modo que sei de ensiná-lo".
Carlos Alberto fechou os olhos e viu toda a cena quando por causa de uma bebedeira, tinha ido para a cadeia e naquela noite, se o pai não tivesse aparecido para impedi-lo de ir ao baile com os amigos...
Lembrava-se apenas do automóvel retorcido e manchado de sangue que tinha batido contra uma árvore... Parecia ouvir sinos, o choro da cidade inteira enquanto quatro caixões seguiam lugubremente para o cemitério.
As páginas se sucediam com ora curtas, ora longas anotações, cheias das respostas que revelam o quanto, em silêncio e amargura, o pai o havia amado. O "velho" escrevia de madrugada.
Momento da solidão, num grito de silêncio, porque era desse jeito que ele era, ninguém o havia ensinado a chorar e a dividir suas dores, o mundo esperava que fosse durão para que não o julgassem nem fraco e nem covarde.
E, no entanto, agora Carlos Alberto estava tendo a prova que, debaixo daquela fachada de fortaleza havia um coração tão terno e cheio de amor.
A ultima pagina. Aquela do dia em que ele havia partido:
- "Deus, o que fiz de errado para meu filho me odiar tanto? Por que sou considerado culpado, se nada fiz, senão tentar transformá-lo em um homem de bem?"
"Meu Deus, não permita que esta injustiça me atormente para sempre. Que um dia ele possa me compreender e perdoar por eu não ter sabido ser o pai que ele merecia ter."
Depois não havia mais anotações e as folhas em branco davam a idéia de que o pai tinha morrido naquele momento, Carlos Alberto fechou depressa a caderneta, o peito doía. O coração parecia haver crescido tanto, que lutava para escapar pela boca. Nem viu o ônibus entrar na rodoviária, levantou aflito e saiu quase correndo porque precisava de ar puro para respirara aurora rompia no céu e mais um dia começava.
"Honre seu pai para que os dias de sua velhice sejam tranqüilos!" - certa vez ele tinha ouvido essa frase e jamais havia refletido o na profundidade que ela continha.
Em sua egocêntrica cegueira de adolescente, jamais havia parado para pensar em verdades mais profundas.
Para ele, os pais eram descartáveis e sem valor como as embalagens que são atiradas ao lixo. Afinal, naqueles dias de pouca reflexão tudo era juventude, saúde, beleza, musica, cor, alegria, despreocupação e vaidade.
Não era ele um semideus? Agora, porém, o tempo o havia envelhecido, fatigado e também tornado pai aquele falso herói.
De repente. No jogo da vida, ele era o pai e seus atuais contestadores. Como não havia pensado nisso antes? Certamente por não ter tempo, pois andava muito ocupado com os negócios, a luta pela sobrevivência, a sede de passar fins de semana longe da cidade grande, a vontade de mergulhar no silêncio sem precisar dialogar com os filhos.
Ele jamais tivera a idéia de comprar uma cadernetinha de capa vermelha pala anotar uma à frase sobre seus herdeiros, jamais lhe havia passado pela cabeça escrever que tinha orgulho daqueles que continuam o seu nome. Justamente ele, que se considerava o mais completo pai da Terra?
Uma onda de vergonha quase o prostrou por terra numa derradeira lição de humildade. Quis gritar, erguer procurando agarrar o velho para sacudi-lo e
abraçá-lo, encontrou apenas o vazio.
Havia uma raquítica rosa vermelha num galho no jardim de uma casa, o sol acabava de nascer. Então, Carlos Alberto acariciou as pétalas e lembrou-se da mãozona do pai podando, adubando e cuidando com amor. Por que nunca
tinha percebido tudo aquilo antes?
Uma lágrima brotou como o orvalho, e erguendo os olhos para o céu dourado, de repente, sorriu e desabafou-se numa confissão aliviadora:
- "Se Deus me mandasse escolher, eu juro que não queria ter tido outro pai que não fosse você velho! Obrigado por tanto amor, e me perdoe por haver sido tão cego."
Pastor Wagner Antonio Araujo

terça-feira, 23 de março de 2010

Expectativa

composição:
de origem latina, derivada do verbo expectáre, significa esperar, desejar, ter esperança. filha da imaginação, expectativa é uma forma de sobreviver ao quotidiano criando realidades ideais de futuro. são da natureza de cronópios, incontroláveis que vivem da poética dos detalhes.

posologia e modo de usar:
a expectativa oriunda de processos amorosos deve ser utilizada apenas em último caso. após a execução de todos os procedimentos possíveis e a única coisa que se pode fazer é não poder fazer nada.

recomendações profiláticas:
a expectativa deve ser administrada com cautela. sentimentos desatinados e desajustadas doses podem causar tombos de nuvens ou de prédios com mais de 3 andares. é lotaria: por vezes esperar, prever, desejar pode causar frustrações e desencantos. mas quem consegue raciocinar com borboletas no estômago?



segunda-feira, 22 de março de 2010

Minha melhor companhia....EU




Sei que deixo, por onde passo, muito de mim,
pedaços, energias e sentimentos,
e por vezes, nem dou conta.
Nos relacionamentos sou doce, mas possessiva,
nas amizades, sou exigente,
quero sempre o melhor, e por vezes, exagero.
Sou toda sentimento.
Sou toda uma energia de quem quer vencer.
Mesmo assim, quando a noite chega,
um vazio apodera-se de mim, a solidão deita-se comigo,
e ainda que acompanhada, ela insiste em segurar na minha mão
como uma amiga cansada, e faz vigília comigo, nas noites de insónia.
Quem sabe o vazio monstruoso, seja resultado
do não desligar, do querer sempre agradar, a tudo e a todos,
deixando de ser eu mesmo,
para ser o que esperam de mim.
Por isso resolvi, da solidão me separar, e hoje,
ainda com olheiras, vou recomeçar, vou deixar-me guiar,
pela companheira mais importante que Deus me deu,
de hoje em diante, minha melhor amiga, sou eu.

NOS DIAS DE HOJE



Hoje em dia...

bebemos demais, fumamos demais,
gastamos sem critérios, conduzimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco,
vemos TV a mais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente,
Desprezamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade
em atravessar a rua para cumprimentar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso.
Fazemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma;
dominamos o átomo, mas não os preconceitos;
escrevemos mais, mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a apressar e não, a esperar.
Criam-se mais e melhores computadores
para armazenar mais informação,
mas cada vez comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande e de carácter pequeno;
lucros acentuados e de relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, vários divórcios,
casas chiques e dos lares despedaçados.
Esta é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis, das “rapidinhas”,
dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na montra
e muito pouco na dispensa.
Uma era que devia-nos por a pensar,
e uma era que me permite dividir esta reflexão
Lembra-te de passar tempo com as pessoas que amas,
pois elas não estarão aqui para sempre.
Por isso, valoriza o que tens
e as pessoas que estão ao teu lado.
Tudo mais é paisagem.........

DESCONSTRUÇÕES



Quando conhecemos uma pessoa,
construímos uma imagem.
A imagem tem a ver com as nossas expectativas
e mais ainda com o que ela "vende" de si mesma.
É pelo resultado disto tudo que nos apaixonamos.
Se a pessoa for parecida
com a imagem que projectou em nós,
desfazermo-nos dela, mais tarde, não será tão penoso.
Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa,
mas nada que resista por muito tempo.
No fim, vão sobreviver as boas memórias.
Mas se uma pessoa "inventa" uma personagem
e nos acreditamos,
o processo é mais lento:
a desconstrução daquilo que nos achamos que era real.
Desconstruimos A, desconstruimos B,
desconstruimos C.
Milhares de pessoas vivem os seus dias
aparentemente bem, na boa
mas por dentro estão "desconstruindo ilusões".
Tudo porque se apaixonaram por uma fraude,
não por alguém autêntico.
Ok, é natural que, numa primeira aproximação,
As pessoas "vendam" mais as qualidades que os defeitos.
Ninguém vai começar um relacionamento a dizer:
muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco.
Nada disso, é a hora de fazer charme.
Uma vez o romance engatado,
aí as defesas são postas de lado
e nos mostramos quem realmente somos,
nossas gracinhas, manias e imperfeições.
Isto se formos honestos.
Os desonestos são aqueles que fabricam ideias e atitudes,
até que um dia cansam-se da brincadeira,
deixam cair a máscara
e o outro fica ali, sem entender absolutamente nada.
Quem se apaixonou por uma mentira,
tem que desconstruí-la para se "desapaixonar".
É um sufoco.
Exige que nos reconheçamos que fomos seduzidos
por uma fantasia,
que nos somos capazes de nos deixarmos confundir,
que o nosso desejo é mais forte do que a nossa astúcia.
Significa encararmos que alguém
por quem nos dedicamos um sentimento bonito
não chegou a existir,
que tudo não passou de uma representação.
Talvez até não tenha sido por mal,
pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma,
por isso ela se inventa.
Sorte quando nos sabemos com quem estamos a lidar:
mesmo que venhamos a desamá-lo um dia,
tudo o que foi construído se manterá de pé.
Afinal, todos, resistimos muito
a aceitar que alguém que gostamos
não é, e nem nunca foi, Especial.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A teoria convence, mas o exemplo arrasta.


Na extensa praia, em plena manhã de primavera,
um caranguejo corria na areia na companhia da mãe.
Observando o filho, a mãe logo o corrigiu: não corras de lado!
Andar para frente é muito mais adequado.
O jovem caranguejo respondeu sem demora:
"claro, mãe, quero aprender.
Mostra - me como se anda para a frente e eu ando atrás de ti."
A fábula é simples mas oferece-nos motivos de profundas reflexões
em torno da educação das novas gerações.
Movidos pelo desejo de prepararmos os nossos filhos
para que sejam cidadãos responsáveis da sociedade do amanhã,
muitas vezes não nos damos conta de que estamos a tentar educar só com teorias, sem o exemplo nobre.

As palavras, sem dúvida alguma, são importantes, mas o exemplo vale mais.

quarta-feira, 10 de março de 2010