quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vampiros estão na moda


VAMPIROS

Eu  acredito em gnomos e duendes, e os  vampiros também existem.
Ora vejam, eles podem estar num chat virtual, no balcão de um bar, no estacionamento do shopping.
Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem-nos o numero de telemóvel , ligam no outro dia, convidam-nos para ir ao cinema. Quando menos esperamos, estamos a  entregar lhes o nosso rico pescocinho e mais.
Este "mais" tu vais acabar por descobrir o que é com o tempo.

Vampiros tratam-nos muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida.
Nos temos a certeza que conhecemos uma pessoa especial. Custa apercebermo-nos de que eles são vampiros, parecem gente.
Até que começam a sugar-nos.
Sugam todinho o nosso amor, sugam a nossa confiança, sugam a nossa tolerância, sugam a nossa fé, sugam o nosso  tempo, sugam ate as nossas ilusões.
Os Vampiros deixam-nos murchinhas, chupam até a última gota de vitalidade.
 Um belo dia nos descobrimos que nunca recebemos nada em troca, que amamos pelos dois, que fomos sempre um ombro amigo, que sempre estivemos à disposição, e sofremos tão solitariamente que hoje somos mais picadinho do que naco de carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos.
 Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e nos  oferecemo-nos para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em todos os lugares, não é só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não é só nas relações de amor. Doemos  sangue para hospitais.
Doemos o nosso sangue por um projecto de vida, por um sonho.
Mas não vamos doar para aqueles que sempre, sempre, sempre vão-nos pedir mais e nos retribuir jamais.

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